Banco do Brasil registra lucro de R$ 3,8 bilhões no 3º trimestre e revisa projeção para 2025

O Banco do Brasil registrou lucro de R$ 3,8 bilhões no 3º trimestre de 2025, queda de cerca de 60 %, e revisou sua projeção de lucro para 2025 para R$ 18 a 21 bilhões.

Robson Monteiro

11/13/20253 min ler

Introdução

O Banco do Brasil divulgou os resultados referentes ao 3º trimestre de 2025, mostrando um lucro ajustado de aproximadamente R$ 3,8 bilhões — equivalente a uma queda de cerca de 60% em relação ao mesmo período do ano anterior. Paralelo a esse resultado, a instituição revisou para baixo a projeção de lucro para o ano: agora estima-se entre R$ 18 e 21 bilhões. Essas informações sinalizam um cenário de maiores desafios para o banco estatal, especialmente no segmento de crédito ao agronegócio e inadimplência.

Principais números e desempenho

  • O lucro ajustado no 3º trimestre de 2025 foi de cerca de R$ 3,8 bilhões, registrando queda de aproximadamente 60% em base anual. Finance News+2Portal Globo Cidade+2

  • O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) ficou em cerca de 8,4%, mostrando retração relevante frente ao ano anterior. Finance News+1

  • A inadimplência (carteira com mais de 90 dias de atraso) elevou-se a cerca de 4,93% no trimestre, em comparação com cerca de 4,21% no 3º trimestre de 2024. Portal Globo Cidade

  • Para o fim de 2025, o banco revisou sua estimativa de lucro para o intervalo entre R$ 18 bilhões a R$ 21 bilhões, contra previsão anterior de R$ 21 a 25 bilhões. Finance News+1

  • Também foi revisado para cima o custo do crédito (provisões para perdas) para um intervalo entre R$ 59 a 62 bilhões, antes estimado em R$ 53 a 56 bilhões. Portal Globo Cidade

O que motivou a queda e a revisão

A queda no resultado se relaciona a diversos fatores:

  • As novas regras contábeis para instituições financeiras passaram a valer neste ano, o que impactou o reconhecimento de receitas e provisões. Portal Globo Cidade+1

  • A inadimplência no segmento de agronegócio vinha se elevando, pressionando a carteira de crédito e gerando maior necessidade de provisão para perdas. Portal Globo Cidade+1

  • Com o cenário de juros mais altos, retração econômica e pressionamento de custos, o banco viu a geração de alguns de seus negócios mais desafiada — apesar de crescimento em algumas linhas.

Implicações para o banco e para o mercado

Essa performance e as revisões têm impactos concretos:

  • A queda de lucratividade afeta a capacidade do banco de distribuir dividendos ou juros sobre capital próprio aos acionistas — elemento importante para investidores.

  • A maior provisão de perdas e o aumento da inadimplência especialmente no agronegócio trazem sinal de risco maior para a carteira de crédito, tema sensível para bancos estatais.

  • A revisão para baixo da projeção anual de lucro acende um alerta para o mercado: o Banco do Brasil está operando em um ambiente mais desafiador do que esperava.

  • Para os correntistas e para quem acompanha o sistema bancário brasileiro, é um lembrete de que os grandes bancos também enfrentam efeitos de ciclos econômicos, regulação e exposição a setores de risco.

O que observar daqui para frente

Se você acompanha investimentos ou interessa-se por economia, vale prestar atenção a:

  • Como evoluirá o índice de inadimplência no agronegócio e em outros segmentos comerciais do banco.

  • Quais serão as estratégias do Banco do Brasil para melhorar eficiência operacional, reduzir custos e impulsionar receitas fora do crédito tradicional.

  • Se haverá ajustes na política de dividendos ou remuneração aos acionistas diante da queda de resultados.

  • Como o mercado reagirá à nova projeção de lucro para 2025 e se isso refletirá em valorização ou desaquecimento das ações do banco.

Conclusão

O Banco do Brasil enfrentou um trimestre com lucro significativamente menor e precisou revisar suas expectativas para o ano de 2025. Esse cenário reforça que mesmo instituições consolidadas não estão imunes a dificuldades macroeconômicas, regulatórias e setoriais. Para investidores, clientes e observadores, é hora de acompanhar de perto os próximos passos do banco.