Dólar Hoje (25/11): Moeda oscila com fala de Galípolo e medo de "Pauta-Bomba" no Senado
O Dólar hoje (25/11) opera com volatilidade na casa dos R$ 5,36 a R$ 5,39. Entenda como a fala de Galípolo no Senado e o risco fiscal estão mexendo com o câmbio.
EDUCAÇÃO FINANCEIRAFINANÇAS
Robson Monteiro
11/25/20253 min ler


A Montanha-Russa da Terça-Feira
Se você abriu o aplicativo do banco ou o Google Finance logo cedo esperando um desastre, pode respirar (um pouco) aliviado. O mercado financeiro amanheceu hoje, 25 de novembro, naquele clima de "cautela", mas sem o pânico generalizado que alguns temiam.
O Dólar comercial abriu o dia com viés de baixa, rondando a casa dos R$ 5,36 a R$ 5,39 pela manhã. Mas não se engane com a calmaria aparente: o dia é de volatilidade pura.
Por que o mercado está assim, meio indeciso? A resposta está em Brasília, dividida em dois atos: uma fala firme do Banco Central e um medo real do que o Congresso pode aprovar hoje. Vamos traduzir isso para o seu bolso.
O Fator Galípolo: "A Meta é 3%, não 4,5%"
O grande destaque do dia é a presença de Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
E ele não foi lá para fazer amigos. Galípolo mandou um recado duro que o mercado adora ouvir (e que segura o dólar): "O BC vai perseguir o centro da meta de inflação de 3%, e não o teto de 4,5%".
Sabe o que isso significa na prática?
Juros Altos: O BC não vai ter medo de manter a Selic alta (hoje em 15% ao ano!) se a inflação não ceder.
Dólar Controlado: Juro alto no Brasil atrai investidor estrangeiro (que traz dólares para cá para render mais), o que ajuda a derrubar a cotação da moeda americana.
Essa postura "falcão" (rigorosa) de Galípolo foi o freio de mão que impediu o dólar de disparar hoje cedo.
O Medo do Mercado: A "Pauta-Bomba" das Aposentadorias
Se o BC está fazendo a lição de casa, o Senado é quem está tirando o sono dos investidores.
O mercado opera com o radar ligado para a votação de um projeto de lei que regulamenta a aposentadoria especial para agentes comunitários de saúde.
O problema não é o mérito: Ninguém discute a importância desses profissionais.
O problema é a conta: O mercado vê isso como uma "pauta-bomba" fiscal. É mais um gasto obrigatório sendo criado sem que o governo diga de onde vai tirar o dinheiro.
Sempre que Brasília discute gastar mais sem arrecadar mais, o "Risco Brasil" sobe. E quando o risco sobe, o dólar tende a acompanhar. É essa tensão que impede a moeda de cair para R$ 5,30 hoje.
E o Cenário Lá Fora?
Para completar a sopa de letrinhas, os Estados Unidos também estão jogando contra. Dados de emprego e inflação americanos estão deixando o mundo em dúvida se os juros lá fora vão cair em dezembro ou não.
Quando o juro americano fica alto, o dinheiro sai dos países emergentes (nós) e volta para lá. É um cabo de guerra global.
Se você pensa em viajar ou precisa comprar dólares, a dica de especialista é sempre a mesma: não tente acertar o "piso". Compre aos poucos. O mercado está sensível e qualquer notícia ruim de tarde pode virar o jogo.
Conclusão
O Dólar a R$ 5,36~5,39 hoje reflete um empate técnico: a firmeza do Banco Central contra a gastança potencial do Congresso.
Acompanhe o fechamento do mercado às 17h. Se a pauta no Senado avançar, podemos ter surpresas no fim do dia.
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Fontes
Folha de S.Paulo (Cobertura em tempo real da fala de Galípolo)
ADVFN / E-Investidor (Dados de mercado e cotação)
Agência Senado (Agenda legislativa do dia)
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