Lula afirma que ameaça de força militar voltou à América Latina

O presidente Lula declara que “a ameaça de uso da força militar” retornou ao cotidiano da América Latina e do Caribe, em discurso durante a 4ª Cúpula da CELAC. Entenda o contexto e as implicações.

Robson Monteiro

11/11/20252 min ler

Introdução

Na última reunião da 4ª Cúpula da CELAC, em Santa Marta (Colômbia), o presidente Lula afirmou que “a ameaça de uso da força militar voltou a fazer parte do cotidiano da América Latina e do Caribe”.
Ele ressaltou que “velhas manobras retóricas estão sendo recicladas para justificar intervenções ilegais”.
A declaração ocorre em meio à escalada de tensão entre os Estados Unidos e Venezuela — embora Lula tenha evitado mencionar diretamente esses países.

O que Lula disse e o significado

  • Ele enfatizou que a guerra na Europa continua “semeando a incerteza e canalizando para fins bélicos recursos até então essenciais para o desenvolvimento justo e sustentável”.

  • Lula afirmou que “a ameaça de uso da força militar voltou a fazer parte do cotidiano da América Latina e do Caribe”.

  • Ele ressaltou que “velhas manobras retóricas são recicladas para justificar intervenções ilegais”.

  • O presidente criticou a ausência de principais líderes regionais na cúpula e disse que “a intolerância ganha força e vem impedindo que diferentes pontos de vista possam sentar à mesma mesa”.

Contexto internacional e regional

  • A fala se dá num momento em que cresce a preocupação com possíveis intervenções externas ou manobras de força na região.

  • Apesar de não citar diretamente os EUA ou a Venezuela, o discurso parece englobar tensões recentes entre esses dois países, conforme destacado pela cobertura da mídia.

  • Historicamente, o Brasil adotou postura de mediação e não-interferência. Neste discurso, mantém esse tom ao criticar intervenções ilegais.

Implicações para a América Latina

  1. Reforço diplomático: A declaração coloca o Brasil como voz ativa no debate sobre soberania e estabilidade regional.

  2. Alerta de intervenção: Ao dizer que a “ameaça de uso da força” retornou, Lula acende um alerta sobre o cenário geopolítico na América Latina.

  3. Pressão sobre lideranças: O discurso critica ausências na cúpula da CELAC, o que pode incentivar maior engajamento dos países no bloco.

  4. Impacto na política doméstica: No Brasil, pode sinalizar que o governo está atento às influências externas e aos riscos de instabilidade regional.

Conclusão

O presidente Lula enviou uma mensagem clara: a questão da segurança, da soberania e das pressões externas permanece extremamente relevante para a América Latina. Ao afirmar que a “ameaça de uso da força militar” voltou ao palco regional, ele reforça a necessidade de diálogo, de cooperação entre países e de atenção aos movimentos que podem afetar a estabilidade.
Essa declaração torna-se mais do que retórica — é um chamado à ação e à vigilância por parte dos países latino-caribenhos.